Aplicação de longo prazo assegura renda para manter o padrão de vida após a aposentadoria, mas exige disciplina do participante
30 de novembro de 2010 | 7h 42
O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Fim de ano é sempre uma ocasião indicada para balanços e planejamento de vida. Na esfera financeira, é hora de pensar com mais atenção no futuro, de identificar as aplicações que se traduzam em segurança, especialmente quando você parar de trabalhar. Algo que lhe possibilite ter uma renda complementar à aposentadoria paga pela Previdência Social, custear a viagem que sempre imaginou, bancar a faculdade de filho, neto ou, ainda, manter um plano de saúde adequado.O setor mostra fôlego para continuar em expansão. Especialmente o Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) e o Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL).
Uma das razões é a rentabilidade atraente que tem proporcionado nos últimos anos: os fundos moderados de previdência, que combinam aplicações de renda fixa com as de renda variável, como ações, apresentaram uma remuneração média de 16,88% ao ano. Além do atraente retorno, é possível começar a usufruir desde já de alguns benefícios em um dos tipos de plano, o PGBL. A possibilidade de deduzir o que for aplicado até o último dia útil do ano - abatimento limitado a 12% da renda bruta tributável na declaração do Imposto de Renda do ano que vem - torna o plano um dos mais interessantes em termos de planejamento tributário nesse período.
Este caderno traz os conceitos e explicações de como funcionam esses fundos. Traz um amplo levantamento dos planos e condições existentes no mercado, o perfil dos administradores e informações sobre como aproveitar o incentivo fiscal (redução do Imposto de Renda), além das vantagens e os cuidados na hora de escolher.
Como funciona. Um plano de previdência privada é constituído basicamente de duas fases: a primeira é aquela em que você faz seus depósitos (aportes), de acordo com o contrato. Eles podem ser mensais, de uma só vez e com complementos posteriores, com aportes grandes periódicos, e assim por diante.
Seja qual for o modelo, você sempre terá de formar um bolo expressivo de recursos em um prazo mais longo - 10, 20, 30, 40 anos. Tecnicamente, essa fase é chamada de "''acumulação".
Esse dinheiro será administrado por uma instituição financeira, uma seguradora. Os recursos serão repassados para um fundo de previdência privada, onde, então, serão aplicados em títulos de renda fixa ou ações e remunerados de acordo com o rendimento desses papéis.
O rendimento do fundo será repassado proporcionalmente a cada participante, de acordo com o número de cotas que ele possuir no fundo.
As instituições são fiscalizadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e o acompanhamento dos fundos é feito pelo Banco Central.
Retorno. A segunda etapa é aquela em que você passa a ter o direito ao retorno do que aplicou. E nesse momento também será possível escolher a forma de receber esse dinheiro.
O mais comum é optar pelo recebimento de uma renda mensal para o resto da vida (renda vitalícia), para complementar a aposentadoria oficial. Mas existe ainda a possibilidade de resgatar de uma só vez os recursos acumulados para a compra de bens de maior valor, como um imóvel, por exemplo.
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