terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Prazo para aplicar em PGBL em 2010 e reduzir o IR está chegando ao fim !!!

Termina nesta semana o prazo para os trabalhadores autônomos ou com carteira assinada que declaram imposto de renda pelo formulário completo investirem em previdência privada e abaterem a aplicação do imposto referente à renda de 2010.
Mas para pagar menos imposto na declaração relativa a este ano - e que será entregue entre 1º de março e 29 de abril -, a pessoa precisa investir em um plano de previdência privada do tipo Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). Ele dá ao investidor a possibilidade de reduzir até 12% do rendimento bruto tributável anual na declaração do Imposto de Renda (IR).
Considerando-se uma pessoa com renda bruta anual de R$ 120 mil, o investidor pode aplicar até R$ 14,4 mil para reduzir o imposto pago ao Leão. Ao fazer a aplicação, a base de cálculo do imposto, que antes era de R$ 120 mil, cai para R$ 105,6 mil (resultado dos R$ 120 mil menos R$ 14,4 mil). E se antes o contribuinte pagaria R$ 33 mil de imposto, com a aplicação em um PGBL passaria a pagar R$ 29,040 mil.
O investidor não deixará de pagar o imposto. Ele vai postergar essa cobrança. Isso porque, no momento do resgate do PGBL, a pessoa pagará o tributo sobre o valor total, e não apenas sobre os rendimentos. O investidor pode contribuir com uma mensalidade fixa ou depositar quantias maiores quando tiver disponibilidade. E atenção: quem pretende fazer a aplicação mediante transferência bancária tem até o dia 29. Já a aplicação no dia 30 tem de ser feita em dinheiro, já que não haverá tempo para a compensação de cheques visto que os bancos não abrem na sexta-feira, dia 31.
Esse benefício tributário tem levado muita gente para PGBLs a fim de amansar o Leão. Aproximadamente 40% de todo o valor captado em fundos de previdência acontece no último trimestre. Preocupadas com a declaração do IR do ano que vem, as pessoas se movimentam na busca por abater parte do imposto devido.
Até há outras formas de tentar reduzir o IR pago ao Fisco, como fazer doações para instituições de caridade, por exemplo. Mas é preciso ressaltar que nem todas as doações são dedutíveis do imposto de renda. Somente as contribuições para incentivo audiovisual (cinema, teatro e música), desde que aprovadas pelo Ministério da Cultura, esportes (projetos que têm o aval do Ministério do Esporte) e para o Estatuto da Criança são dedutíveis, ressalta Roberto Justo, do escritório Choaib, Paiva e Justo Advogados.
Vale ressaltar que mesmo no PGBL as deduções só são possíveis se o investidor contribuiu para a previdência social. Se a pessoa é um trabalhador autônomo e quer apenas ter uma previdência privada, sem contribuir com o INSS, não é possível abater até 12% do rendimento bruto anual na declaração de imposto.
O investidor também tem de escolher a tabela pela qual quer que a aplicação seja tributada. Há dois tipos: a regressiva e a progressiva. E nesse quesito é necessário muita atenção, já que, após feita a escolha, não é possível voltar atrás. Além disso, não é permitida transferências de reservas entre planos com regimes tributários diferentes.
Na regressiva, o IR será menor à medida que o investidor mantém os valores aplicados. Para os participantes que deixarem os recursos no plano por mais de 10 anos, a alíquota chega a 10%. Em contrapartida, quem resgatar antes de o dinheiro ter permanecido por dois anos tem de pagar 35% de IR. A tabela regressiva é indicada para quem tem horizonte de longo prazo, quem está investindo hoje para resgatar somente daqui a dez anos, por exemplo.
Já na tabela progressiva, o banco recolhe na fonte um percentual de 15% no momento do resgate. Daí, no momento da declaração anual, haverá o ajuste pagando a diferença para até 27,5%. Muita gente acha que, como a aplicação já foi tributada na fonte, não precisa pagar mais imposto, o que não é verdade, explica Justo. É preciso lançar os valores na parte de rendimentos tributáveis da declaração e fazer o cálculo.

FONTE:

Valor Econômico | Eu & Investimentos | BR

Por Luciana Monteiro, de São Paulo

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Corretor atua hoje como conselheiro

A chegada de novos e sofisticados produtos ao mercado projeta uma nova imagem para o corretor de seguros. Começa a sair de cena o tradicional vendedor de pastinha e, em seu lugar, surge o consultor financeiro do cliente. Um fator importante que contribui para essa transformação é a expansão da previdência privada. "Ao fechar um contrato de aposentadoria suplementar, o corretor passa a ter um contato de longo prazo com a família", diz Rogério Araujo, consultor da TGL Consultoria em Seguros, de Belo Horizonte.

Ninguém, em sua opinião, é mais indicado para propor um plano de previdência privada do que o profissional que já se ocupa de outros seguros do cliente. "Se ele já cuida da proteção da vida, da casa e do carro da família, saberá desenhar o plano de previdência mais adequado", diz Leoncio de Arruda, vice-presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros, Empresas Corretoras de Seguros de Saúde, de Vida, de Capitalização e Previdência Privada do Estado de São Paulo (Sincor).

Ambos concordam, no entanto, que essa ainda não é a regra do mercado, embora a evolução seja perceptível e inevitável. No Brasil, de um universo de 75 mil corretores, não passam de 10% os que trabalham com os vários tipo de seguro, particularmente o de previdência. Uma das barreiras a ser superada é a do valor da comissão, que varia de 1,5% a um máximo de 3% para os planos de previdência privada. O seguro de automóvel, por exemplo, já rendeu mais de 20%, mas hoje ainda garante 12% . "O grande desafio é provar ao corretor de automóveis que a previdência privada, seguro saúde e seguro de vida são rentáveis e essenciais para a sobrevivência deles no futuro", diz Araújo

Para ele, essa consciência aumenta à medida que os clientes passam a exigir mais profissionalização e conhecimento de todos os ramos do seguro. "A globalização está apressando esse processo, que engatinha no Brasil", diz. Mais otimista, Arruda, do Sincor, vê a categoria cada vez mais preparada para ajudar o cliente a decidir. "O corretor não pega mais o produto da prateleira e entrega ao cliente como fazia antes", diz. "Hoje ele também procura adequar a venda ao perfil do segurado. Logo mais, estará vendendo planos pela internet", prevê .

Arruda estima que, do total de planos privados de previdência, 60% ainda estejam nas mãos das instituições financeiras - bancos e seguradoras - e 40% com os corretores. Esse quadro, porém, pode mudar rapidamente com a especialização do corretor também na área de investimentos e com a venda conjunta de outros produtos complementares, especialmente o seguro de vida. "A única forma de competir com o gerente de banco é trabalhar todos os riscos e cuidar da saúde financeira do cliente", afirma.

As instituições financeiras, pequenas e grandes, são as que primeiro perceberam o filão da previdência privada. Dos cerca de 3 mil clientes do Banco Alfa, "quase todos já aderiram a um dos planos de previdência", diz Jacques Courbet, diretor de previdência privada da instituição. Entre 60% e 65% da previdência privada do banco são de Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o restante de Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). " O forte da venda desses planos ocorre diretamente com o executivo do private", diz Courbet.

A expectativa do banco é obter um crescimento de 40% na receita com esses planos, neste e no próximo ano. Grande parte dos clientes do Alfa busca diversificação da carteira e menor tributação no longo prazo. Outros estão preocupados com a sucessão, já que sobre os planos de previdência não incidem impostos para os beneficiários. "A cultura de previdência privada deve aumentar muito nos próximos anos. Essa é uma das explicações para tamanho crescimento", explica Courbet. O potencial é enorme. A participação dos seguros e da previdência privada no PIB dos mercados europeus e americano chega até 18%, enquanto no Brasil está ao redor de 1,5%.

De acordo com Arruda, do Sincor, a previdência cresce em média 20% contra 16% dos demais seguros, uma tendência que deve permanecer ou crescer nos próximos anos. Enquanto os demais seguros possuem uma reserva técnica de R$ 100 bilhões, a previdência privada sozinha tem R$ 220 bilhões em reservas e responde por 28% do faturamento do setor. "Em cinco anos, essas reservas devem chegar a R$ 1 trilhão", diz Arruda do Sincor.

Apesar de novas ferramentas de marketing como a internet, a venda de seguro ainda requer o contato pessoal do corretor com o cliente. Quando se trata de seguro de vida e previdência privada, a confiança pessoal vale tanto quanto o nome da instituição. "O face a face continua sendo a melhor maneira de vender seguro, especialmente quando se trata de planos de previdência", afirma Arruda. "Sabendo que o cliente espera tê-lo a seu lado na hora da venda, o corretor aprendeu a valorizar essa confiança.

FONTE:

Rosangela Capozoli

Valor Econômico | Especial - Previdência Privada | BR

Brasilprev dá dicas para economizar com a Declaração do Imposto de Renda

Final do ano. Época de mais dinheiro no bolso, de comprar e trocar presentes, mas também um bom momento para separar uma parcela dos recursos para viabilizar projetos de vida no futuro. E um plano de previdência privada é a opção ideal.
Economizar, seja para contar com uma reserva financeira em caso de necessidade, seja para utilizar os recursos para concretizar um projeto de vida no futuro. Mais que uma palavra, é premissa para um planejamento financeiro, que possibilita que diferentes projetos sejam concretizados de forma organizada e sem solavancos.
Nesta época de final do ano, quando muitos recebem o 13º salário, é difícil resistir à tentação de "comprar", mas é também um bom momento para pensar em economizar uma parte dos recursos para projetos de curto e longo prazo.
Para o segundo caso, um plano de previdência privada é uma das melhores opções, podendo ser utilizado para benefício fiscal? o que deve ser levado em conta pelos investidores, sobretudo agora no último mês do ano. Isso porque as contribuições realizadas no plano podem ser deduzidas da base de cálculo do Imposto de Renda até o limite de 12% da renda bruta anual tributável.
"Os planos de previdência devem ser incluídos na declaração, porém, apenas os da modalidade PGBL permitem aos participantes deduzir as contribuições da base de cálculo do Imposto de Renda até o limite de 12% da renda bruta anual tributável. Por isso, costuma-se dizer que esses são voltados às pessoas que declaram o IRPF no formulário completo", explica Arizoly Rodrigues, superintendente comercial da Brasilprev.
Rodrigues ressalta, porém, que para exercer o direito de dedução das contribuições do Imposto de Renda, faz-se necessário ser contribuinte da Previdência Social. Se for um profissional autônomo, por exemplo, é preciso que ele faça os recolhimentos por conta própria. "Para quem faz a declaração pelo modelo Simplificado, porém, a melhor opção de plano de previdência é a modalidade Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), nos quais a cobrança do tributo (IR) incide apenas sobre os rendimentos", adverte.
O superintendente complementa que o pagamento do IR pode ser feito de duas formas: no momento do resgate ou no recebimento do benefício, seja por meio de renda mensal ou por meio de pagamento único. E esclarece que há dois sistemas de recolhimento do tributo: "No regime Progressivo, o investidor recolhe uma antecipação de 15% no resgate e deve declará-lo no ajuste fiscal do IR no ano seguinte, quando poderão ser consideradas outras rendas para definir o IR a pagar ou a restituir, seguindo a mesma tabela que tributa salários. Já no Sistema Regressivo, o que conta é o tempo de contribuição e a alíquota vai de 35% a 10%. Assim, quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, menos IR será retido".
Como informar o plano de previdência privada na Declaração do IR?
Os planos devem ser declarados no quadro "Declaração de Bens e Direitos". Para saber a movimentação, é preciso ter em mãos o Informe de Rendimentos que o banco ou a empresa de previdência privada geralmente encaminha para o participante.
É preciso informar, na linha que insere as contribuições, os rendimentos que o participante teve no ano anterior e o que ele pagou. O próprio programa da Receita Federal faz os abatimentos. 

FONTE:
J.N.
Revista Apólice

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Déficit da Previdência atinge R$ 47 bi

Para especialistas, governo Dilma deverá fazer algum ajuste no sistema público para conter o ritmo acelerado do rombo nas contas

30 de novembro de 2010 | 0h 00
 
- O Estado de S.Paulo
A Previdência Social tem déficit crescente derivado de dois problemas estruturais - a falta de um teto de idade para a aposentadoria do trabalhador no setor privado e de um limite no valor do benefício no setor público -, avalia Osvaldo do Nascimento, diretor responsável pelos produtos de Investimentos e Previdência do Itaú Unibanco.
A fixação desses dois tetos e o estímulo para a criação de previdência complementar para o servidor público deveriam estar entre as propostas de uma reforma previdenciária, avalia ele. "É sempre indicado que se façam as reformas estruturais no início do mandato presidencial".
O Brasil tem 24 milhões de aposentados, quase a população da Argentina, e uma tendência de déficit em expansão no setor previdenciário, constata Nascimento. O déficit previdenciário do setor privado (Regime Geral da Previdência Social) para este ano está estimado em cerca de R$ 47 bilhões, comparados com os R$ 43,136 bilhões registrados em 2009. A avaliação de Nascimento é de que uma reforma no setor deve contemplar mudanças que alcancem os novos ingressantes do funcionalismo, estabelecer regras de transição para quem já é servidor e respeitar os direitos adquiridos.

Para especialistas, independentemente de quem vier a assumir a pasta da Previdência no governo de Dilma Rousseff no lugar do atual ministro Carlos Eduardo Gabas, algum ajuste deverá ser feito no sistema público, a fim de reduzir o avanço do déficit previdenciário.
A comparação entre o valor do primeiro déficit apresentado pela Previdência Social, no ano de 1996, com o volume previsto para este ano dá ideia da evolução acelerada do rombo nas contas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), apesar das medidas restritivas adotadas nesse período para conter a concessão de benefícios. De um rombo de R$ 3 bilhões, em 1996, a Previdência caminharia para um déficit projetado de R$ 47 bilhões este ano.
Fator 85/95. A expectativa é que, embora se mostre favorável à eliminação do fator previdenciário, o governo de Dilma Rousseff deverá propor a adoção da idade mínima para a concessão da aposentadoria.
Há quem acredite, ainda, que finalmente seja definida a fórmula 85/95 para a liberação do benefício para os trabalhadores que ingressarem no sistema a partir da data da mudança. O fator 85/95, criado pelo advogado Wladimir Novaes Martinez nos anos 90, garante a concessão da aposentadoria integral para a mulher quando a soma da idade e o tempo de contribuição atingir 85. Para o homem, o benefício seria liberado quando a adição da idade e do tempo de contribuição alcançar 95.
Previdência privada. Em relação à previdência privada, a expectativa é que o setor cresça ainda mais por conta do momento econômico, na opinião do diretor da Caixa Seguros, Juvêncio Braga. "A renda disponível está aumentando, levando a um aumento da capacidade de poupar. Por isso, você tem um movimento muito grande de pais, tios ou avós contratando planos para garantir a educação dos filhos, sobrinhos ou netos." Segundo o executivo, as pessoas agem assim pensando no custeio de uma faculdade, de um intercâmbio cultural ou mesmo da montagem de um negócio.
ANÁLISES

Bradesco prevê expansão do setor
Haverá uma expansão do segmento de previdência privada não só neste ano, como também nos próximos. Adotado hoje nas grandes empresas como forma de aumentar a produtividade, atrair e reter talentos, esse produto passará a ser ofertado também pelas médias e pequenas companhias. Além disso, é forte o movimento de ascensão da população, da classe D para a C. A previsão e as considerações são do diretor-presidente da Bradesco Vida & Previdência, Lúcio Flávio de Oliveira.
A previdência complementar tem um grande diferencial: a mobilidade entre fundos dentro do próprio produto escolhido e sem perdas, o que não ocorre com outros tipos de fundo.
"A migração poderá ocorrer de um fundo mais conservador para um mais agressivo, ou vice-versa, dependendo do cenário econômico".
Para o diretor, a previdência privada não deve ser a única renda do investidor. Além dela, é importante contribuir com a Previdência Social.

Itaú busca valorizar o patrimônio de clientes
No Itaú, os planos de previdência privada são considerados e tratados como um bem, um patrimônio do cliente, destaca o diretor executivo do banco e responsável pelos produtos de Investimentos e Previdência, Osvaldo do Nascimento.
Uma de suas orientações para o participante é trabalhar em seu favor dentro de sua expectativa de vida. "Quanto mais cedo contratar um plano, o participante poderá assumir mais riscos, aplicar em fundos mais agressivos e assim potencializar a formação de um patrimônio." Ele destaca a importância de controle do investimento: "O cliente não precisa ir até uma agência Itaú para acompanhar a situação de seu plano e verificar os ganhos. É possível acompanhar, com rigor, tudo pela internet, acessando os caixas eletrônicos ou mesmo pelo call center." Ele afirma que o banco está sempre em busca de novidades que possam valorizar ainda mais o patrimônio de quem tem um plano de previdência complementar.

Para Brasilprev, plano deve ter flexibilidade
Fazer um plano de previdência privada não deve ser entendido como uma decisão, apenas, de acumular recursos. Deve ser a busca segura de solução adequada para o projeto de vida de cada um, define o superintendente comercial da Brasilprev (Banco do Brasil), Arizoly Rodrigues.
Como se trata de um projeto de longo prazo, é fundamental a escolha de uma empresa sólida. Além de seus 200 anos, o BB conta com a consultoria personalizada de previdência complementar, explica Rodrigues. "Cada gerente de conta do BB é um consultor".
O superintendente comenta que os planos de previdência devem ser flexíveis. "Eles têm de apresentar objetivos dinâmicos. Devem aceitar os acertos exigidos pelas alterações ao longo do caminho". justifica. O cenário de estabilidade econômica no País é apontado por ele como importante aliado para o crescimento do setor. "Hoje, é possível o investidor pensar a longo prazo."

CEF ressalta apelo do benefício fiscal
O aumento na expectativa de vida do brasileiro é um dos indicadores que o diretor da Caixa Vida & Previdência, Juvêncio Braga, aponta para justificar a necessidade de contratar hoje um plano de previdência complementar. "Ele tem benefícios fiscais que nenhum outro plano tem e, melhor, assegura não só uma complementação da aposentadoria, como também financia o projeto ou sonho de cada um. Temos desde clientes que aderem para comprar uma casa ou um carro, montar um consultório e até realizar longas viagens."
O espírito da previdência privada é deixar de consumir hoje para consumir tranquilamente no futuro. Braga defende também a aposentadoria oficial. "A previdência brasileira é uma das mais avançadas do mundo. É claro que tem seus limites e não pode assegurar benefícios altos. Daí por que existe a previdência privada para as pessoas não terem uma queda no padrão de vida quando chegar a hora de se aposentar", destaca.

HSBC: começar cedo só traz vantagens
Previdência privada é para quem pensa no futuro e, quanto mais cedo for iniciado o investimento, mais a pessoa receberá ao se aposentar, sem necessidade de aportes pesados nos últimos anos. A receita é do diretor de Produtos de Varejo da HSBC Seguros, Edson Lara, para quem procura chegar a uma vida de aposentado sem sobressaltos financeiros.
Ele lembra que os planos preveem duas formas de contribuição: mensal ou por aporte único. É possível depositar o ano todo, mas novembro e dezembro são os meses mais indicados para o aporte único, por questões fiscais. "Só colocamos na previdência privada o dinheiro que pode ficar empregado por períodos superiores a cinco anos. Aí, sim, é possível mostrar as vantagens financeiras." É grande o número de jovens atraídos pela previdência complementar e "para isso desenvolvemos um trabalho de conscientização para que deixem seus recursos aplicados o maior tempo possível nos planos contratados."

Santander identifica aumento de interesse
O superintendente de Previdência do Santander, Alessandro Andrade, conta que pesquisas internas do banco apontam um crescimento acentuado do interesse pela previdência privada. Ele atribui essa tendência a três principais fatores. "É um produto que nasceu flex, feito carro bicombustível, pois o cliente, ao longo do tempo de aplicação, troca de fundos sem perdas. Ele não tem de pagar imposto a cada troca de fundo nem enfrenta o "come-cotas" das outras aplicações, o que significa que sua conta só engorda. Além disso, se o titular morre, os recursos do plano não vão para um inventário, o que significa não ter de pagar altas taxas nem se submeter a uma longa espera." Andrade aponta a capacitação de seus profissionais como importante diferencial do Santander no mercado. "Além de se tratar de um banco sólido, investimos muito em capacitação para que o cliente sempre tenha acesso aos melhores produtos de acordo com seu perfil e interesses."

SulAmérica destaca disciplina do cliente
Planejamento e disciplina são duas palavras-chave para quem quer aplicar em planos de previdência privada. "É fundamental que se pense pelo menos três vezes antes de fazer um resgate", ensina o vice-presidente de Previdência da SulAmérica, Renato Russo. Isso proporcionará maior consistência à formação da poupança.
Além de escolher o plano mais adequado com sua capacidade de poupar e pesquisar as melhores condições de mercado, o executivo aponta a relevância de ter um atendimento especializado, a começar da venda feita "por corretores que tenham condições de assegurar cálculos exatos, manutenção e monitoramento do plano".
As taxas cobradas também fazem diferença: as de carregamento podem até ser zeradas ao longo do tempo. "Na SulAmérica, ela só é cobrada se o dinheiro ficar aplicado menos de cinco anos. A isenção pode ser acelerada e ocorrer antes, se houver aplicação de volume mais significativo."

Icatu aposta em gestores qualificados
Um investimento de longo prazo que, além das vantagens fiscais que nenhuma outra aplicação oferece, contempla amplo leque de oportunidades em benefícios, da saúde à educação, passando pela área de recreação. É assim que o gerente comercial da Icatu Seguros, Sérgio Prates Nogueira, define a previdência privada, apontando a importância de contratar um plano o mais cedo possível para obter resultados sem passar por sacrifícios.
Um participante de 30 anos que pretenda juntar R$ 500 mil aos 60 anos terá de depositar no período R$ 355 por mês. "Se começar dez anos depois (aos 40), terá de depositar R$ 879 mensais, durante 20 anos", exemplifica.
Os benefícios fiscais são inigualáveis. "Quem ganha acima de R$ 80 mil por ano e tiver um PGBL terá vantagens em declarar o IR pelo modelo completo, com aumento da restituição." O Icatu oferece desde o fundo mais conservador até o mais agressivo, com gestores qualificados.
 

Planos complementares garantem tranquilidade na aposentadoria

Aplicação de longo prazo assegura renda para manter o padrão de vida após a aposentadoria, mas exige disciplina do participante

30 de novembro de 2010 | 7h 42
 
O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Fim de ano é sempre uma ocasião indicada para balanços e planejamento de vida. Na esfera financeira, é hora de pensar com mais atenção no futuro, de identificar as aplicações que se traduzam em segurança, especialmente quando você parar de trabalhar. Algo que lhe possibilite ter uma renda complementar à aposentadoria paga pela Previdência Social, custear a viagem que sempre imaginou, bancar a faculdade de filho, neto ou, ainda, manter um plano de saúde adequado.


Há muitos caminhos para chegar lá. Existem vários investimentos seguros e rentáveis, que possibilitam a formação de uma poupança considerável no longo prazo. Uma das aplicações formatadas para esses objetivos é o plano de previdência privada. Um segmento em crescimento, que exibe patrimônio acima de R$ 200 bilhões, vem mostrando concretamente garantias de manutenção de um bom padrão de vida a quem poupou e já começou a ter o retorno.
O setor mostra fôlego para continuar em expansão. Especialmente o Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) e o Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL).
Uma das razões é a rentabilidade atraente que tem proporcionado nos últimos anos: os fundos moderados de previdência, que combinam aplicações de renda fixa com as de renda variável, como ações, apresentaram uma remuneração média de 16,88% ao ano. Além do atraente retorno, é possível começar a usufruir desde já de alguns benefícios em um dos tipos de plano, o PGBL. A possibilidade de deduzir o que for aplicado até o último dia útil do ano - abatimento limitado a 12% da renda bruta tributável na declaração do Imposto de Renda do ano que vem - torna o plano um dos mais interessantes em termos de planejamento tributário nesse período.
Este caderno traz os conceitos e explicações de como funcionam esses fundos. Traz um amplo levantamento dos planos e condições existentes no mercado, o perfil dos administradores e informações sobre como aproveitar o incentivo fiscal (redução do Imposto de Renda), além das vantagens e os cuidados na hora de escolher.
Como funciona. Um plano de previdência privada é constituído basicamente de duas fases: a primeira é aquela em que você faz seus depósitos (aportes), de acordo com o contrato. Eles podem ser mensais, de uma só vez e com complementos posteriores, com aportes grandes periódicos, e assim por diante.
Seja qual for o modelo, você sempre terá de formar um bolo expressivo de recursos em um prazo mais longo - 10, 20, 30, 40 anos. Tecnicamente, essa fase é chamada de "''acumulação".
Esse dinheiro será administrado por uma instituição financeira, uma seguradora. Os recursos serão repassados para um fundo de previdência privada, onde, então, serão aplicados em títulos de renda fixa ou ações e remunerados de acordo com o rendimento desses papéis.
O rendimento do fundo será repassado proporcionalmente a cada participante, de acordo com o número de cotas que ele possuir no fundo.
As instituições são fiscalizadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e o acompanhamento dos fundos é feito pelo Banco Central.
Retorno. A segunda etapa é aquela em que você passa a ter o direito ao retorno do que aplicou. E nesse momento também será possível escolher a forma de receber esse dinheiro.
O mais comum é optar pelo recebimento de uma renda mensal para o resto da vida (renda vitalícia), para complementar a aposentadoria oficial. Mas existe ainda a possibilidade de resgatar de uma só vez os recursos acumulados para a compra de bens de maior valor, como um imóvel, por exemplo.